Me vi como um guerreiro perdido,
Em meio a uma guerra jamais vencida,
Me vi em um espírito gélido,
Com seus sussurros frios e estranhos,
Me vi do jeito que nunca quis,
Vi sem medo de ver de novo,
Como um guerreiro vence um homem tolo,
Vendo minha respiração saindo de mim,
Estava frio... Não sei se vi...
Aquele rosto esbranquiçado,
Vinha pegar minha mão,
Queria me ajudar a algo,
Mas me vi rejeitado,
Não queria ser ajudado,
Me vi dentro de seus olhos avermelhados,
Você parecia ter muito ódio,
Não te veria com outros olhos,
Doutro modo tinha medo,
Mas não demonstrava desespero,
Seus medos eram aceitáveis,
Você andava sozinha no vale do caos,
Vale em que me via sozinho também,
Que tudo que precisava era alguém,
Me via no escuro, Me escondendo de tudo,
Me sentia um ser confuso,
Me vi uma vez como guerreiro sozinho,
Não tinha outros que me ajudariam,
Vi que eu estava destinado a ser assim,
Sabia que isso nunca teria seu fim.
Abraão Da Silva
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