domingo, 23 de março de 2014

Traçado

Gastando os ponteiros do relógio,
Enchendo seus olhos com palavras tristes.
Simples... Nada como aquele dia foi.

Razão sua,
Você disse que não seria tão perfeito,
Não quanto antes.

Já me peguei sonhando,
Sendo mordido nos lábios por seus dentes.
Daquele sorriso por qual me apaixonei,
Que até com flores comparei.

Seja verso ou não seja,
Passado ou seja o que for.
Seja presente, assim como não sou.

Já fui pego de surpresa,
Pensando que o tempo voltasse.
Querendo dizer cada detalhe,
Do que você não tenha ouvido antes.

Razão minha...
Te questionei e fiz algo sentimentalmente vivo.
Talvez melhor que antes.

Seja verso ou sei la...
Tudo está em seu lugar.
Seja verso ou estrofe
Presente ou apenas sorte.

Abraão Da Silva

terça-feira, 18 de março de 2014

Identidade, Sem Nome E Sem Idade

Tantas coisas já vi,
em tantas estradas desertas.
Pontos sem ser finais,
finais não pontuados.
Sinais abertos sem tráfegos,
e fechados movimentados.

Vejo minhas músicas sem melodias,
e minhas melodias sem poesias.
Os desenhos sem traços,
e os traçados enrolados.
Refrões sem fim,
não feitos por mim.

Não sou poeta,
não sou escritor.
Não sou puritano,
não sou pervertido.
Não sou religioso
e não sigo ateísmo.

Sou meu próprio eu,
não acredito em amor destinado.
Faço o amor acontecer,
deixo acontecer como tem que ser.
Amo estar com quem estou,
e amo precisar amar aquele sorriso.

Podia ser de outra forma,
seguir qualquer norma.
Podia ser do jeito certo,
mas o errado é tão melhor...
A verdade de querer esbarrar,
nos desafios em que tenho que enfrentar.

Abraão Da Silva