Mãos quentes e com desejos,
Subindo em teu corpo,
Sentindo seu querer,
Me falando que é fácil se render,
Falando que quer sem querer.
Me deixando sem jeito,
Me dando prazer,
Com seus beijos molhados,
No calor dos teus braços,
No amor que tem em seus abraços.
Me fazendo carinho,
Me beijando a boca,
Te tirando o folego,
Te sentindo agora,
Te querendo... Agora.
Mãos quentes e te dando prazer,
Não saberia mais o que fazer,
Não saberia qual meu limite,
Seus beijos me enlouquecendo,
Com gritos me dando vertigem...
Seus cabelos molhados,
Sobre seus ombros cansados,
Te fazendo expressar,
Te fazendo sonhar...
Te querendo amar.
Abraão Da Silva
Jogado aos seus pés,
Hum... Consumido por ti,
Com meu corpo ardendo em febre,
Jogado no chão como um verme.
Pecando como um padre,
Que se embriaga no vinho do teu compadre,
Cometendo loucura por confissões,
Aquela bela criança que não tem mais voz.
Do meu lado conversam sobre um lugar,
Ouvem musicas que não são feitas por quem sabe pensar,
Assustam-se quando me vê-em falar,
Percebem quanta fé tenho naquele lugar.
Aquele pobre traidor que se arrependeu,
Não pensou nas consequências de trair o seu Deus,
Deus que diz ter o perdoado,
Mas no fundo estava como sempre, Enganado.
Jogado aos pés da tua cruz,
Abandonado naquele nó em que foi enforcado,
Embriagado e pouco cansado,
O judas traidor não será libertado?
O jovem apóstolo condenado,
Enforcado em teus pecados,
Por cristo também foi enganado,
Como um judeu odiado.
Abraão Da Silva
Me usam como apoio,
Me deixam sempre de acordo,
Não mantenho minhas opiniões,
Não me deixam ter emoções,
Querem que eu fique sem ações.
Eu poderia não aceitar isso,
Mas parece haver algo em mim,
Parece que me seguram assim,
Não me deixam ter medo,
Posso voltar a ser o mesmo.
Sou um bode expiatório,
O garoto que não quer ser igual,
Que não quer ser diferente,
O que anda sozinho,
Que não tem nenhum amigo.
Vão tentando me enganar,
Mas só pensam que acredito,
Eu sei todos os seus segredos,
Eu sei que te devo isso,
Mas voltei a ser aquilo.
Eu finjo não escutar,
Eu escuto mesmo assim,
Eu não sei por que resisto,
Nada é tão entorpecido,
Gosto de estar sozinho
Abraão Da Silva
Ainda lembro daquele lugar,
Escurecendo na luz do luar,
Ainda lembro daquele desejo,
Que consome meu corpo inteiro.
Me lembro das poucas vezes,
Que dormi e não chorei,
Me lembro do gosto das lágrimas,
Que por mim foram derramadas.
Lembro-me do seu defeito,
Refletido naquele pedaço de espelho,
Espelho quebrado por inteiro,
O espelho daquele... Que você veio...
Ainda lembro daquele lugar,
Que esperava tudo passar,
Ainda lembro daquele lugar,
Lugar que não gostaria de estar.
Me lembro do teu sorriso,
Naquele espelho refletido,
Me lembro daquele vicio,
Que continua te consumindo
Abraão Da Silva
Saindo de um sono profundo,
Entrando em um lugar escuro,
Saindo do teu lado,
Voltando até o passado,
Eu finjo dizer que não,
Minha boca tenta dizer não,
Você me faz dizer sim,
Você não me faz ser tão ruim.
Saindo de um coma,
Me sentindo um dormente,
Sentindo entorpecentes,
Saindo de um sonho carente...
Você não consegue me deixar mal,
Você não quer que eu seja mal,
Não consegue me deixar sorrir,
Me deixando apenas dormir.
Dormindo de novo aquela hora,
Pensando no dia que é agora,
Acordando com entorpecimentos,
Pensando em estar sonolento...
Já não era tão normal e violento,
Você não me deixar cansado de sorrir,
Me deixa a vontade para dormir,
Me faz querer ser o que não consegui.
Abraão Da Silva
Consigo enxergar isso,
Teu desejo reprimido,
Você quer se libertar,
Então dance...
Vá em frente
Dance... Não há nada errado,
Você não consegue explodir.
Sinta todo o desejo queimar,
Perca o controle após dançar,
Você pode enxergar...
Então vá em frente,
Não se intimide pelo tempo,
Sinta seu corpo explodindo de desejo.
Então vá em frente...
Ainda vejo o teu desejo reprimido,
Por que não consegue explodir?
Então dance... Não há nada errado,
Apenas não consegue sentir,
Apenas não quer explodir.
Abraão Da Silva
Os restos de mim que caem ao chão,
Caem como folhas no outono e voam no verão,
Os restos de mim que arriscam pensar,
Os pedaços caídos que não conseguem voltar.
Meu tempo perdido que me faz perder a hora,
Me faz ver toda a verdade,
Me faz ver toda a derrota,
Os restos de mim, Que não tem mais volta.
Os olhares distorcidos,
Viriam de você a mim,
Os restos caídos, Que me viciam,
O seu jeito, Resto de mim que morriam.
Meu corpo em desfragmentação,
Meu suor caindo no chão,
Como a chuva cai na porta do porão,
E meus pedaços ao bater no portão.
Abraão Da Silva
Perdi minhas asas por aqui,
Perdi meus sentimentos também,
E minhas lágrimas...
Jurei não voltar mais aqui,
Foi aqui que te perdi,
Com você eu fui feliz...
Aqui eu te fiz chorar,
Não era minha intenção,
Não tinha nada no meu coração...
Aqui perdi minhas asas,
Como uma borboleta jogada ao nada,
Não fizeras algo, Não perdias nada...
Pedi desculpas por falar,
Do meu jeito arrogante,
Meu jeito idiota de pensar...
Como uma borboleta carbonizada,
Como não pensar em nada,
Aqui... Um dia perdi minhas asas.
Abraão Da Silva
Aquele doce som,
Que atormenta meus ouvidos,
Aquele desprovido som,
Que me fez ver o sentido.
A tua justa maldição,
Que me fez ver tudo em vão,
A minha perda de controle,
A tua insanidade doce.
As luzes escapam por minhas mãos,
O meu pecado consome o olhar,
Meu libido, O que te faz sonhar?
Meu sono, Que não me faz acordar.
O desejo me escapa sem querer,
Me faz ver o que me fez perder,
As lágrimas que saem de mim,
Que me fazem não entender.
Abraão Da Silva
Pensava que tudo seria igual
Aquela noite que você partiu,
Então tudo parecia bem,
Como o que você nunca viu,
Parecia tudo mais claro
E a saudade doía em mim,
Tudo parecia uma noite normal,
Até a hora que você saiu.
Tudo para todos é fácil,
Mas pra mim era impossível,
Eu me sentia um peixe sozinho,
Vagando no mas sombrio.
Eu me sentia sozinho...
Eu queria estar sozinho, No meu vazio,
Eu queria estar contigo...
Mas parecia impossível.
Abraão Da Silva
Me mostre o quanto vale o teu prazer,
O quanto você quer viver?
Me mostre o quão reprimido está o seu sentido,
Me faça acreditar que algo está errado nisso,
Volte de novo, E me faça ter você.
Me prove o quão lascivo é seu sorriso,
Deixe-me ir, Para que eu volte sozinho,
Surpreenda-me de novo com sua doce voz,
Me prove que tudo morreu entre nós,
Sinta o desprezo que vem de minha voz.
Me faça chorar outra vez,
Me ajudaria a pensar no que fez,
E me faria cansar e desistir outra vez,
Me faça esquecer tudo de novo,
Tudo é visível, Menos tudo isso.
Me faz sair desse sonho chato,
Não quero acordar e ver o sol,
Não quero olhar pra tua luz,
Me mostre o quanto vale teu prazer,
Me faça outra vez esquecer, Me faça chorar e sofrer.
Abraão Da Silva
Eu que não pensei bem,
pensei um pouco verso,
Pensei no que detesto,
Pensei no que gosto,
Ganhei no que aposto.
Lembrei daquele beijo,
Pensei naquele texto,
Procurei teu endereço,
Chorei no que não mereço.
Cansei de teu afeto,
Te mandei pro inferno...
Mas quero que fique agora,
Pensei que tinha verdade.
Procurei cada novidade,
Eu que me interessei,
Pensei...
Fiquei parado e deitei.
Não fiquei a vontade,
Pensei no teu beijo,
Cansei do desejo,
Pensei no que vejo.
Abraão Da Silva
Parece que foi quase ontem,
Uma noite de hoje,
Que passou a poucas horas,
Uma noite parada que me fizeram movimentar.
Parece uma rua qualquer,
Uma rua destruída,
E um beco sem saída,
Uma rua que foi bonita.
Foi um dia de lua,
E uma noite de sol,
Uma garota na rua,
E conseguiu, Me encantou.
Eu a chamei mas não tão alto,
Eu gritei, Parecia retardado,
Eu gritei, Mas foi tão baixo,
Parecia que estava meio "chapado".
Parece um dia de neve,
Mas não é um dia de sol,
Consegue ver lá no escuro?
Tem uma luz no fim do túnel.
Parece um dia de verdade,
Mas não passa da realidade,
Não sai do fundo do baú,
Não vejo mais o céu azul.
Parece que seus olhos brilham,
Parece que lágrimas caem,
Não é isso que eu queria,
Não para de ver os detalhes.
Parece uma lembrança,
Parece uma verdade,
Um pouco de mentira,
Que sempre trás realidade.
Abraão Da Silva
