quinta-feira, 10 de maio de 2012

Seus Olhos II



Os olhos aparecem,
Apreciam... Te avisam,
Fazem você olhar,
Ver o quanto é bom chorar.


Os olhos entristecem,
Choram sangue... Acontece...
Os seus olhos me enlouquecem,
Suas cores me exercem.


Os olhos alucinam,
Mostram sua graça quando brilham,
E olham para mim...
Olham em meus olhos, Vê-em dentro de mim.


Olhos me olham brilhando,
Me vestem e desvestem,
Me congelam no ar,
Olhos que não querem me olhar.

Abraão Da Silva

sábado, 5 de maio de 2012

Aturdo



Fiquei sem noção,
Senti muita raiva,
Perdi os impulsos nas minhas palavras,
Senti remorso,
Senti desejo
Mandei tudo embora,
Mas não consigo ficar sem o que quero,
Me senti assustado,
Me senti pressionado,
Joguei na minha cara que algo estava errado,
Senti na pele que não tinha algo...


Fiquei desacordado,
Pensei no que faria,
Fui dormir tarde,
Pensando que ela viria,
Pensei até de mais,
Pensei que estava cedo,
Pensei no teu beijo
Provocando meu desejo...
Fiquei com dor de cabeçar,
Não conseguia dormir,
Passei a noite em claro,
A culpa é minha de te deixar partir.


Me deixei levar pela emoção da dor,
Senti o gosto das lágrimas,
As lágrimas tinham muito sabor,
Senti o teu toque no meu rosto,
Sua mão passando por meu pescoço...
Fiquei preocupado,
Pensei que estava louco,
Senti um leve aperto,
Me perdi de você mais um pouco,
Me joguei no meu próprio mundo,
Me controlei, Meu sono talvez fosse profundo.

Abraão Da Silva

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Foda-Se



Na ponta da minha língua tem um insulto,
Não tento me conter,
Sei que não vou conseguir,
Eu mando se foder,
Eu não quero mentir,
Eu quero que morra tudo o que mente sobre mim.


Na ponta da minha língua existe veneno,
Eu mando se foder,
Não tenho medo, Não peno...
Quero que saibam quem sou,
Do que sou capaz de fazer,
Mentiam sobre mim? Por que não tem o que dizer...


Eu mando se foder,
É a essência da verdade,
O começo da obscenidade,
A mentira do abate...
Não sinto mais o mesmo,
Não sinto desespero.


Na minha mente escondem-se,
Vários pesadelos incontáveis,
Talvez por eu ser desprezível,
Talvez por me desprezarem...
Me contam que sou ruim
Pior que sei que isso é verdade.


Na ponta da minha língua,
Eu tenho veneno pra isso,
Tenho a cura do seu feitiço,
Tenho a verdade do meu vicio...
Na ponta da minha língua,
Você ouve insulto...


Eu sei que sou isso,
Não sou o que falam demais,
Eu mando se foder,
Por que sei que sou capaz...
Eu não estou certo nem errado,
Eu sou o mesmo sagaz.

Abraão Da Silva