terça-feira, 29 de outubro de 2013

Tal Sigilo

Quem sabe eu possa beijar-te os lábios em sigilo,
tirar sua roupa sem argumentação.
Pedir permissão apenas para te amar,
sentir teu coração pulsar.

Quem dirá que estou errado ao me apaixonar?
vou fazer questão de te mostrar.
Beijar-te sem pudor,
sem pensar em consequências.

Já não vou dizer-te o que farei,
pois serei surpreendentemente ousado.
Poderia te assustar com a situação,
mas sei que você quer tanto quanto eu.

Sei muito bem o que você pode querer,
e ao menos isso eu posso oferecer.
O sigilo de um cinismo mal feito,
ao meio da noite pra o começo de um novo dia.

Vamos ver até onde irá,
o quanto honroso isso será.
E você vai me desejar,
como um dia nublado ou noite quente.

Um pouco de nudez nas palavras,
e sentir um calor solitário.
O pouco tempo falado em algo profundo,
e algo mais tão letal.

O desejo proibido de pensar,
mas querendo tanto como tal.
A verdade que nunca morreria,
um dia que não existe despedida.

Abraão Da Silva

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Incômodo, Quasímodo

Me incomodo com aquilo,
o incômodo que posso causar.
Não vou pedir ajuda,
nem pedir pra ajudar.
Quero entender onde você quer estar,
longe daqui, perto de todos.

Assusto meu próprio ego,
mendigando qualquer coisa que seja podre.
Escuto qualquer palavra e me deito em frios prantos,
não quero ouvir mais nada de ninguém.

Me incomodo com o sentimento frio em mim,
perseguido por qualquer sombra de duvidas.
Quanto vou pagar a quem eu tenho de dever,
e sei que não vou conseguir ir adiante de tudo isso.

Quanto tempo nublado até a noite fria acabar,
sentimentos impuros do amor mais delinquente.
O maior pensamento inconsciente do meu ser,
e a vontade que continua me eternizando em palavras.

Eu gosto de ser como nunca quis,
e parecer o que acham certo.
Me privo do sentimento incerto,
procurando algo mais sentimental.
Quero algo mais deserto,
num fundo de um qualquer hospital.

Abraão Da Silva

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Os Detalhes.

Entre mostrar-me o quanto desejo,
e querer algo semelhante.
Me faz ver por onde começar,
e desistir antes de terminar.
Provou-me que até agora posso estar bem,
e fez eu sentir segurança em algumas poucas palavras.
És um problema resolvido,
com um sorriso meigo em meu rosto.
Por onde terei de andar e te ver?
aquele caminho ao qual não conheço.
És normalmente conversar sobre muitos detalhes,
e seus detalhes apaixonantes me abrem os olhos.
Sem saber o que te falar,
jeito momentaneamente de pensar.

Abraão Da Silva

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Doces Devaneios


Segue o caminho desejado,
sem nenhum movimento brusco.
Acordando todos os dias sem ter hora certa,
de frente pro quadro em que tanto se espelha.
Procurando a paz dentro do coração,
esquecendo todos os amores em vão.

Ela é nova, adolescente,
prefere ler do que sair e quando sai não quer voltar.
Prefere vinho ao suco de uvas,
e se transforma na primeira taça.
És linda por si só,
mas faz questão de ficar ainda mais.

Faz-me encarar-te os olhos claros,
fixos e trêmulos vendo o céu estrelado.
Menina pequena, esteve ao meu lado,
e partiu pro oposto.
Ficou deprimida, mas continuou querendo,
mesmo ficando mal, mesmo em todo o veneno.

Foi passando os dias,
poucos por sinal.
O meu medo era tanto,
que era tampouco racional.
Esperava mais de mim,
e isso foi o que restou.

Segue o frio da noite mundana,
esquecida por um amor qualquer.
Desejada pelo cio da vida,
e enlouquecida por minha cabeça.
Menina sem hora de acordar hoje,
mulher em que me fez ver-te antes.

Abraão Da Silva