sábado, 27 de abril de 2013

A Que Sentido?


Nenhuma estrela tem o brilho dos seus olhos,
nem mesmo as de brilho mais forte.
Os ventos gélidos não esfriam o teu abraço,
deixa-o mais quente e mais entusiasmado.
As flores que já vi,
nenhuma tem aquele seu cheiro.

O mesmo olhar que você tem,
tem naquela foto sua.
Uma imagem peculiar,
mostrando toda sua ternura.
Os seus olhos brilhando,
mostrando sua mistura.

Seu jeito quieto,
meio inquieto as vezes.
Com pouca paciência,
sendo paciente quando quer.
Ficando a noite em claro,
ouvindo minha voz, no dia claro até.

Os poucos minutos vão passando devagar,
e o tempo não quer chegar onde tem de estar.
Você está nos meus braços toda noite antes de dormir,
sabe sentir meu cheiro, mesmo sem estar aqui.
Procura o conforto no frio,
deitada no meu peito despido.

Abraão Da Silva

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Tempo


E os dias foram passando,
três meses rápidos até hoje.
Os seus abraços confortantes,
me deixando ao teu gosto qualquer.

Dia passando e devagar,
te vendo toda tarde ali.
Teus beijos cativantes,
demorados e afim.

E os dias chegaram até hoje,
e o hoje eu não esqueço.
O dia em que você disse sim,
um dia, um recomeço.

Fui pensando em sonhar,
sonhando com seus jeitos.
Mostrando a você meus anseios,
indo devagar e com pressa sem medo.

E os dias hoje vão mais além,
vão passar e chegar, meu bem.
Os dias você vai estar aqui,
os dias eu estarei aí.

Não sei qual o tempo certo,
mesmo longe estamos perto.
O dia e o tempo vai nos dizer,
e o tempo me deixa com você.

Abraão Da Silva

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Lágrimas Covardes



  Em que momento as lágrimas correm pelo meu rosto?
quando aqueles pensamentos turvos enchem mais a minha paciência, minha insegurança me prende num sub-consciente de horrores, mostrando nos meus olhos as cicatrizes da alma.
  No momento certo ou errado, de qualquer conversa em que eu nos deixe assim distantes, mesmo que por um olhar voltemos a ficar mais perto. Os mesmos sentimentos corroendo qualquer coisa a se chamar de emoção, e mostrando outra vez as cicatrizes de todo um vago silêncio.
  Aquele velho sonho encantado, o que amedronta e amargura, fazendo tudo ir descendo pelo meu rosto, em forma liquida e salgada. Mostrando a chuva que cai durante meu desespero, satisfazendo de algum jeitos aqueles anseios ridículos em que fui pregado a falar.
  Um erro sustentável, tendo aquele medo a ponta dos pés e ao ultimo fio de cabelo. Deixando meus pulsos ardendo, como se quisesse os cortar com uma faca cega e cheia de ferrugens. Deixando de lado meus sentimentos bons, quer dizer... Deixando eu pensar num sentimento escuro.
  Em que momento eu posso parar de chorar?
Aquelas palavras sem doçura que sai da minha boca, deixando tudo mais covarde que o que deveria ser. Assistindo dentro de mim mesmo, tudo uma vez sem prazer, com aquela roupa suja, prendendo meu corpo amargurado. Indo a sério e sem seriedade eu me contenho um pouco mais do que deveria agora.

Abraão Da Silva

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Perca Noturna


Tudo está escuro assim,
as flores secam no jardim.
Flores negras e vermelhas,
brancas e de gelo.

Tudo faz parte da noite toda,
mostrando as coisas que acontecem.
As coisas que ninguém vê,
apenas quem estiver acordado.

Quem perde a noite de sono,
vendo as estrelas caindo.
Vendo o sol ir embora, 
e depois vendo-o nascer.

Depois que todos dormem,
ficar ali fora olhando o vento.
O vento que é impossível de se ver,
e as vezes nem de sentir, é capaz.

Tudo vai esfriando,
e o céu ganhando escuridão.
Vai ficando estranho,
um pouco mais de ilusão.

Abraão Da Silva

sábado, 20 de abril de 2013

Noite E Café


A fumaça do café sobe seu vapor na minha frente,
e vai aquecendo meu rosto frio por causa da chuva.
Os círculos de fumaça pairam perto do copo,
deixando o ambiente um pouco diferente do que estava antes.
Coloco sobre a minha mão e tomo um gole,
queimando minha língua e a deixando ardente.

Meus olhos vão perdendo a visão,
o vapor deixa as lágrimas presas e quentes.
Pairando sobre toda a mesa de estudos,
Deixando lentes e vidros embaçados.
Não quero dormir essa noite,
e o café pode me ajudar a ficar acordado.

Faz muito tempo que estou sentado aqui,
e o sono não quer chegar.
Isso é bom, ao menos é o que quero agora,
e contorno o copo com minhas mãos.
Esperando esfriar um pouco para poder engolir,
e dessa vez não queimar nada.

Mais uma vez me queimo,
agora meus lábios gélidos.
Esperando que arda um pouco mais,
esperando a noite passar o mais rápido que quiser.
Mas não quero dormir essa noite,
não tenho planos para dormir agora.

Minha língua arde e me deixa sem sentir gosto,
o calor me envolve e enrosca em meu pescoço.
Os anéis de fumaça não param de sair do café,
procurando um alvo para acertar e sumir.
Minha noite acabou de começar,
não tenho planos pra dormir ou acordar.

Abraão Da Silva

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Seu Encanto



Seus olhos me olham,
me deixam sem jeito.
Seus olhos tão lindos,
de qualquer jeito.
Sua boca vermelha,
a beijar meus lábios frios.
Seu calor num abraço,
que me tira o frio.
Seu cheiro tentador,
me deixando entorpecido.
Seu beijo encantador,
do qual eu sou merecido.

Abraão Da Silva

Sem Fim


E é sem querer que vou aprendendo,
a te querer um pouco mais.
Te esperando voltar pra casa,
querendo ter seus beijos mais.
Sentindo frio durante a noite,
sem teu calor pra me abrigar.
Seus beijos doces na minha boca,
seus lábios macios nos meus.
E é sem querer que vou querendo,
aprendendo a te amar mais.
Sentindo teu cheiro agradável,
passando com o vento durante a noite.
E foi por você que fui vivendo,
um pouco mais a cada dia.
Vendo seus olhos a cada esquina,
tendo seus beijos a cada sonho.
Viajando nos pensamentos,
que fazem de você real.
A mesma velha história,
nossa história sem final.

Abraão Da Silva

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Noites Sem Olhos

Chega uma certas hora da noite que os olhos começam a arder, e embaçara visão aos poucos. Passo horas parado na frente de um computador, tentando pensar no que fazer durante todo o tempo aqui.
Vou passando pagina por pagina de um blog qualquer, vendo idiotices e coisa interessantes. Esperando o tempo passar e suplicando a hora que tenho de dormir.
Voando baixo e alto ao mesmo tempo, sem pensar no que quero e conseguir fazer o que qualquer outro jamais tentaria nem ousaria fazer sem motivo.

Chegou a hora da noite em que meus olhos estão me incomodando.

Sim eu quero me permitir a dormir sem ser obrigado e mostrar o quanto quero me manter acordado mesmo morrendo de sono.

Abraão Da Silva

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Nosso Beijo


Queria saber descrever o nosso beijo,
aquele que só nós sabemos dar.
O que excita e faz imaginar,
o beijo de nosso olhar.

Queria dizer o quanto é gostoso,
sentir o teu gosto e sua respiração.
Me sinto pasmo e as vezes sem folego,
e vai voltando aos poucos, bem devagar.

Queria poder dizer o quanto intimo é,
não querer parar é uma das minhas vontades.
Sentir seus lábios molhados nos meus,
e nossos corpos colados durante um beijo todo.

Seus dentes puxando meus lábios,
mordendo e deixando-os adormecidos.
Soprando meu pescoço e me deixando arrepiado,
o quanto isso me deixa ainda mais gamado.

E quantas palavras cabem em nosso beijo longo,
demorando em silêncio numa conversa longa.
Seus beijos marcantes e sedutores,
nossos próprios sentimentos, nossos humores.

Abraão Da Silva

terça-feira, 9 de abril de 2013

O Demônio E A Anja


Esteja longe ou perto, 
seja onde for.
Fique segura do que pensar,
não queira lembrar tanto.

Rasteje procurando prazer,
não vai ser difícil de achar, meu anjo.
Procure por mim, o seu demônio,
fique ciente dos meus perigos.

A vivência é sem importância,
vamos nos jogar no mar.
Algo já pode ter valido a pena,
mas sempre vai precisar de mais.

Rasteje devagar, querida,
como uma cobra, seja esquisita.
Serei seu bom demônio,
farei de você um anjo mal.

Procurando nos isolar e não ter vida,
continuamos um pouco mais longe.
Irei procurar por você rastejando,
te darei prazer e encanto.

Onde e quanto mais cedo seja tarde,
esteja de tarde ou de noite.
Procure seu demônio, seja eu quem for,
seja meu anjo, e me mostre seu amor.

Abraão Da Silva

sábado, 6 de abril de 2013

Véu Da Morte


Aos poucos o véu da morte cobre aquele olhar,
deixando uma curiosidade sem logica.
Me deixa atento ao olha-los,
com medo do que talvez possam dizer.

O véu que vidra um olhar,
deixando-o sem pensar.
Vai fundo nas lembranças,
sem nenhuma conseguir lembrar.

Transborda a dor de um coma,
ou alivia seus tons de voz.
Eu esperaria até os olhos se fecharem,
só para ver até onde iria seu brilho.

Aquele brilho esbranquiçado e forte,
cegando a cada segundo sua vista.
Aquele pensamento sem sentido,
cegando a cada instante sua vida.

A sombra cobre todo o dia,
e o véu da morte busca por tanto.
Procura os olhos sem brilhar,
e dá um sentido menos real.

Abraão Da Silva

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Como Fogo


Por onde arder o fogo,
e me faz queimar.
É pouco,
vai aumentando o consumo de mim.

Como um amor ardente,
ou até mesmo você.
Me consome aos poucos,
e aumenta minha ardência.

O luar com luz de fogo,
me chamando ao dormir.
Tomando todo meu consumo,
e esperando você a me consumir.

Abraão Da Silva

Comédia


Eu passei na rua vendo uma cena,
e passei tentando entender.
Fui embora rápido,
e não queria tanto pensar naquilo.
Fiz de você tudo que não tem sentido,
algo explicito e cheio de gracinhas.

Vento poucas vezes o que eu fazia,
fiz de tudo uma comédia.
E as nostalgias tomam de conta,
sentindo prazer ou vergonha.
Fazendo gracinhas ou só existindo,
a comédia que não deixa ninguém feliz.

Abraão Da Silva

terça-feira, 2 de abril de 2013

Ponto E Virgula


Me lembro bem das coisas vivas,
mesmo que não vivam aqui.
Sempre tem algo que me faça sentir,
o cheiro da morte um pouco mais perto.

Não quero usar virgulas ou pontos,
nem mudar só um pouco de história.
Não destaco palavras frias,
nem coloco calor em nenhuma delas.

Me lembro como se fosse ontem,
mesmo ainda sem ter vivido.
Me perdendo no coração da nobre donzela,
sendo eu um vagabundo de qualquer favela.

Me lembro bem do que não passou,
como um dejavu ou sonho.
Me perdendo em teus prantos,
me abrigando ao canto, sorrindo ou chorando.

Perdido pela nobre senhorita,
sem saber como conquistar-te aos poucos.
Sentindo um pouco do teu cheiro,
e seu suor escorrendo em meu corpo.

Abraão Da Silva

Fim Do Dia


Eu quero um presente,
quero algo pra beber,
nada diferente do que costuma ser.

Quero uma resposta,
uma palavra que seduz.
Seu beijo encantado,
numa noite sem luz.

Eu ia sair daqui,
esperar você longe dali,
a estrada não tem fim.

Esperando uma estrela cair,
com você perto de mim.
A noite não tem fim,
traz um Whisky para eu dormir.

Eu quero experimentar,
quero deixar acontecer,
seja o que for, deixa eu sonhar viver.

Quero ter você pra mim,
antes que o dia chegue ao fim.
Venha logo aqui,
deixa eu te seduzir.

Eu quero te presentear,
quero te embebedar,
o que foi será, nada disso é diferente.

Abraão Da Silva

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Crime Vulgar


Ouvindo um verso,
verso não sincero.
Sentindo-me sozinho,
me perco escondido.

Me sinto só,
no teu olhar contraventor.
Meu jogo da escuridão,
me tenho sem amor.

Dando minhas palavras frias,
jogando-as numa carta rabiscada.
As vendo desse jeito qualquer,
palavras por minhas lágrimas.

Me perco na escuridão,
as estrelas agora brilham em vão.
Em meio a tanta tentação,
ouço as batidas do seu coração.

Grande confusão na minha mente,
toma de conta de tudo que há aqui.
Sua perda de ilusão ruim,
me faz pensar que um dia vou existir.

Não me faz acreditar,
aqui não sei estar.
Sem existir um crime vulgar,
um homicídio em que eu possa te culpar.

Abraão Da Silva