domingo, 6 de janeiro de 2013

Pobre Anja


Uma prisão que todos cairemos,
sempre mortos por um tolo desejo.
Preso na caixa pendurada na parede,
dentro, como um anjo acorrentado.
Uma prisão tão grande que me aperta,
faz eu ver suas nojeiras e me deixar com ódio.

A pobre anja está presa dentro da caixa,
está dentro e não consegue sair.
A minha vida toda esperei isso,
sentir seu doce beijo e sua voz nos meus ouvidos.
Anjinha presa na caixa de coração,
presa e quer tentar sair em vão.

Eu perco meu controle ao te ver chorar,
te ouvir gritar e querer sair da caixa.
Penso em te libertar,
minha caixa de coração.
Te deixar voar,
anjinha sem noção.

Uma prisão que você quer,
e quer que eu caia nela.
Suas mentiras inversas,
e sua cara sua na parede.
Uma anja caída,
sem ter mais nenhuma vida.

A pobre anja chora no meu ombro,
ela quer ir embora e não me deixar.
A pobre anjinha ta me dando sono,
quer se libertar e não vai me deixar.
A minha doce anja,
por que você não quer ficar?

Acho que a caixa está desconfortável,
você o confundi com um coração.
Quer sempre me chamar a atenção,
mexendo as grades da sua prisão.
A pobre anjinha não vê a hora de eu voltar,
ela quer me segurar, quer me aprisionar.

Abraão Da Silva

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