quinta-feira, 25 de abril de 2013

Lágrimas Covardes



  Em que momento as lágrimas correm pelo meu rosto?
quando aqueles pensamentos turvos enchem mais a minha paciência, minha insegurança me prende num sub-consciente de horrores, mostrando nos meus olhos as cicatrizes da alma.
  No momento certo ou errado, de qualquer conversa em que eu nos deixe assim distantes, mesmo que por um olhar voltemos a ficar mais perto. Os mesmos sentimentos corroendo qualquer coisa a se chamar de emoção, e mostrando outra vez as cicatrizes de todo um vago silêncio.
  Aquele velho sonho encantado, o que amedronta e amargura, fazendo tudo ir descendo pelo meu rosto, em forma liquida e salgada. Mostrando a chuva que cai durante meu desespero, satisfazendo de algum jeitos aqueles anseios ridículos em que fui pregado a falar.
  Um erro sustentável, tendo aquele medo a ponta dos pés e ao ultimo fio de cabelo. Deixando meus pulsos ardendo, como se quisesse os cortar com uma faca cega e cheia de ferrugens. Deixando de lado meus sentimentos bons, quer dizer... Deixando eu pensar num sentimento escuro.
  Em que momento eu posso parar de chorar?
Aquelas palavras sem doçura que sai da minha boca, deixando tudo mais covarde que o que deveria ser. Assistindo dentro de mim mesmo, tudo uma vez sem prazer, com aquela roupa suja, prendendo meu corpo amargurado. Indo a sério e sem seriedade eu me contenho um pouco mais do que deveria agora.

Abraão Da Silva

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