A solidão plantada em cada verso,
prateleiras vazias por onde vejo.
Produtos caros,
quanto exagero.
Quando menos percebem,
vendem suas almas.
Mercado escravo,
sistema devasso.
Quando notares o que acontece,
que se tem o que merece.
Mas nunca notaria,
não merece o que tem.
A solidão plantada em cada beco,
cada verso sem nexo.
Sem verdades absurdas,
sem mentiras futuras.
O beco de cada uma solidão,
bate forte, vive, nobre...
Sobre meu peito,
cada estrofe.
Abraão Da Silva
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