sábado, 9 de novembro de 2013

Agonia

Quem viu meu temperamento ontem,
apenas quem viu sabe o que sentia.
Cada segundo de sono perdido,
preso em pesadelos agoniantes.

Ouvindo palavras tão lindas,
vendo imagens tão reais.
Foram atentados à meus sentimentos,
como uma faca de dois gumes cortando o vento.

Levo agora esse sonho perfeito,
porém, és um sonho imundo.
Me acordou várias vezes na noite passada,
mantive-me acordado por horas.

Não sei mais o que faria,
se dependesse de mim, não sei.
Cansei de ouvir aquelas músicas,
mas elas tocam sem parar.

Não ouço o silêncio da minha mente,
não vejo um alguém dançar comigo.
E essa dor demora a começar,
mas não tem cura, não quer parar.

Todas as marcas em mim,
os sangramentos sentimentais.
As feridas que não fecham,
vão estar me seguindo.

Essa agonia da noite passada,
com raiva e amor.
Sem ter algum rancor,
e o remorso me sufocando.

Eu sei o que senti,
e sei o que amei.
O que nunca poderia esquecer,
a dor causada por mim.

Faz tempo que quero o que não tenho,
a devida admiração.
O jeito de ser tratado,
quando escrevo algo dedicado.

Essa agonia pode me deixar,
mas voltará todos os dias.
Como algo contagioso,
existe apenas dentro de mim.

Abraão Da Silva

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