terça-feira, 18 de março de 2014

Identidade, Sem Nome E Sem Idade

Tantas coisas já vi,
em tantas estradas desertas.
Pontos sem ser finais,
finais não pontuados.
Sinais abertos sem tráfegos,
e fechados movimentados.

Vejo minhas músicas sem melodias,
e minhas melodias sem poesias.
Os desenhos sem traços,
e os traçados enrolados.
Refrões sem fim,
não feitos por mim.

Não sou poeta,
não sou escritor.
Não sou puritano,
não sou pervertido.
Não sou religioso
e não sigo ateísmo.

Sou meu próprio eu,
não acredito em amor destinado.
Faço o amor acontecer,
deixo acontecer como tem que ser.
Amo estar com quem estou,
e amo precisar amar aquele sorriso.

Podia ser de outra forma,
seguir qualquer norma.
Podia ser do jeito certo,
mas o errado é tão melhor...
A verdade de querer esbarrar,
nos desafios em que tenho que enfrentar.

Abraão Da Silva

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