quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Remancho

Vi um planeta orbitando,
querendo entrar em uma constelação.
Está cedo essa noite,
está cedo ou não.

Ficção qualquer invento,
para mostrar o que é real.
Uma novela como o vento,
levando poeira no verão.

Tinha mais coisa dentro de mim,
mas tudo some sem explicação.
Os sentimentos simplesmente se mancham,
se desmancham e remanchão.

É bom quando remancha,
de tão ocioso não se mancha.
Não se desmancha, não acaba,
não há vento para levar.

De leve o vento para,
movimenta-me no luar.
Saiu da logica, tal escrita,
não tem tempo de estar.

Era apenas uma estrela,
de um zodíaco qualquer.
Brilhando em qualquer ponto escuro,
brotando flores no céu.

Eram apenas ideias fugidas,
com medo de serem despertas.
Veio como uma ventania outona,
veio folheada e fria.

Veio forte à não chegar,
chegou forte à remanchar.
Suas palavras em meus ouvidos,
meus pensamentos em seus sorrisos.


Abraão Da Silva

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