quinta-feira, 4 de julho de 2013

Silêncio Veneno


Cego sem você,
como um dano cerebral.
Não consigo sentir dor,
sem movimentos nas minhas pernas.

Cedo sem saber,
correndo sem perceber.
Sem sair do lugar,
movimento do inferno.

Como se fosse um feito de dope,
tudo se move diferente.
A energia estática corre em mim,
e vai até o chão.

Fez efeito só quando adormeci,
esperei em sonho, pra ver o que fiz.
Vi a chuva chegar,
esperei deitado em qualquer esquina.

Meu próprio veneno fez efeito,
me dopou e me deixou de joelhos.
Meu remédio era o silêncio,
o silêncio era o veneno.

Abraão Da Silva

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