Na varanda solitária,
apenas você, eu e mais nada.
Chuva fina, bem fria,
quase sem energia.
Ouvia passos, muitos passos,
pessoas passando, vindo do espaço.
Não via ninguém, não queria saber,
para nós, era apenas eu e você.
Estávamos quietos,
ouvindo-os vindo.
No frio deserto,
de longe saindo.
Ouvindo-os vindo,
da varanda pela rua.
Os passos incômodos,
nos deixando estressados.
Ouvindo-os falando,
enquanto nós pecamos.
Lá fora esfriando,
aqui dentro esquentando.
Abraão Da Silva
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